Arrendar casa em Portugal: preços voltam a subir em julho

Em julho, a renda da casa subiu mais de 15% nos distritos de Vila Real e Viana do Castelo face a junho, diz estudo do idealista.
02 ago 2022 min de leitura

Com as casas para comprar a ficarem cada vez mais caras e a elevada inflação a encolher as poupanças, arrendar casa continua a ser uma alternativa para muitas famílias. Mas também as rendas das casas estão a subir mês após mês. Os preços das casas para arrendar em Portugal apresentaram uma subida de 0,9% em julho face ao mês anterior. Arrendar casa tinha um custo de 11,4 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de julho deste ano, tendo em conta o valor mediano, segundo o índice de preços do idealista. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 3% e a anual de 4,2%.

Arrendar casa ficou 2,9% mais caro em Lisboa e 1,2% no Porto

Das 12 capitais de distrito com amostras representativas, os preços das casas para arrendar subiram em 8 cidades, com Viana do Castelo (12,1%) a liderar a lista. Seguem-se Faro (7,1%), Funchal (5,8%), Coimbra (3%), Lisboa (2,9%), Setúbal (2,1%), Aveiro (1,7%) e Porto (1,2%). Em Castelo Branco, as rendas das casas mantiveram-se estáveis durante o mês de julho.

Por outro lado, as casas para arrendar ficaram mais baratas em julho em três capitais de distrito: Viseu (-6,7%), Leiria (-4,5%) e Braga (-1,7%).

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 14,9 euros/m2. Porto (11,5 euros/m2) e Funchal (11 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (9,7 euros/m2), Setúbal (8,8 euros/m2), Aveiro (8,6 euros/m2), Coimbra (7,5 euros/m2) e Viana do Castelo (6,8 euros/m2).

Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação são:

  • Viseu (5,3 euros/m2),
  • Castelo Branco (5,4 euros/m2),
  • Leiria (6,3 euros/m2),
  • Braga (6,6 euros/m2).

 


Renda das casas subiu mais de 15% nos distritos de Vila Real e Viana do Castelo

Dos distritos analisados, as casas para arrendar ficaram mais caras em Vila Real (15,5%), Viana do Castelo (15,2%), Castelo Branco (5,5%), ilha da Madeira (5%), Coimbra (4,3%), Setúbal (2,7%), Santarém (2,6%), Braga (2,3%), Lisboa (1,6%), Aveiro (1,5%) e Faro (1,4%).

Por outro lado, os preços das casas para arrendar apenas desceram em Leiria (-0,4%) e Viseu (-0,3%). Já no Porto, as rendas das casas mantiveram-se estáveis durante o mês de julho.

O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (13,8 euros/m2), seguido por Faro (11,7 euros/m2), ilha da Madeira (10,9 euros/m2), Porto (10,1 euros/m2), Setúbal (9,5 euros/m2), Viana do Castelo (7,7 euros/m2), Coimbra (7,3 euros/m2) e Aveiro (7,1 euros/m2). Segue-se Leiria (7,1 euros/m2), Braga (6,9 euros/m2) e Santarém (6 euros/m2).

Os três distritos que apresentam as rendas das casas mais baixas são:

Vila Real (4,9 euros/m2),

Viseu (5,1 euros/m2),

Castelo Branco (5,9 euros/m2).

Arrendar casa ficou mais caro em todas as regiões

Durante o mês de julho, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões. A liderar as subidas, encontra-se a Região Autónoma dos Açores, onde as rendas das casas ficaram 8,9% mais caras. Seguem-se a Região Autónoma da Madeira (5,1%), Centro (2,1%), Área Metropolitana de Lisboa (1,4%), Algarve (1,4%), Alentejo (1%) e a região Norte (0,3%).  

A Área Metropolitana de Lisboa, com 13,3 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Algarve (11,7 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (10,9 euros/m2) e Norte (9,3 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (6,8 euros/m2), a Região Autónoma dos Açores (7,3 euros/m2) e o Alentejo (8,2 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.

Rendas das casas mais caras
Pexels

Índice de preços imobiliários do idealista

Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados ​​os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.

Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.

O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/

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