Comprar casa em Portugal ficou 1,9% mais caro em novembro Preços das casas à venda subiram em quase todo o país, mostra estudo do idealista. O maior aumento registou-se em Vila Real (5%). 05 dez 2022 min de leitura Mesmo num clima de alta inflação e de subida em flecha das taxas de juro nos créditos habitação, as famílias continuam a comprar casa em Portugal. E como a oferta continua a ser escassa para a procura existente, e o país a estar no radar dos compradores estrangeiros que pagam mais pelos imóveis, os preços das casas no nosso país continuam a aumentar mês após mês. Em novembro, as casas à venda ficaram 1,9% mais caras face ao mês anterior, custando 2.460 euros por metro quadrado (euros/m2) em termos medianos, aponta o índice de preços do idealista. A subida dos preços das casas para comprar foi visível em quase todo o território português, já que as casas ficaram mais caras em 17 capitais de distrito, entre outubro e novembro, com Vila Real liderar as subidas (5%). Em Lisboa, os preços das casas subiram 1,2% e no Porto 0,5% durante o mesmo período. O que o índice dos preços do idealista também diz é que os preços das casas para comprar em Portugal subiram 2,8% em termos trimestrais. Já a variação anual dos preços das habitações foi de 5,9%. Casas à venda estão mais caras em 17 capitais de distrito Em novembro, as casas ficaram mais caras em 17 capitais de distrito, com Vila Real (5%), Viseu (4,4%) e Beja (3,8%) a liderarem a lista. Seguem-se Castelo Branco (2,5%), Santarém (2,4%), Ponta Delgada (2,4%), Guarda (2,3%), Braga (1,8%), Funchal (1,4%), Lisboa (1,2%), Viana do Castelo (1,2%), Bragança (1%), Évora (0,9%), Coimbra (0,8%), Setúbal (0,6%), Leiria (0,5%) e Porto (0,5%). Em Aveiro, os preços das casas à venda mantiveram-se estáveis durante o mês de novembro. Das capitais de distrito analisadas, os preços das habitações à venda desceram apenas em duas cidades: Portalegre (-2,4%) e Faro (-0,2%), mostra o mesmo estudo. Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 5.145 euros/m2. Porto (3.188 euros/m2) e Funchal (2.618 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (2.542 euros/m2), Aveiro (2.451 euros/m2), Setúbal (2.158 euros/m2), Évora (1.975 euros/m2), Coimbra (1.751 euros/m2), Ponta Delgada (1.632 euros/m2), Braga (1.551 euros/m2), Viana do Castelo (1.407 euros/m2), Viseu (1.347 euros/m2) e Leiria (1.329 euros/m2). Já as cidades mais económicas para comprar casa no nosso país são Portalegre (644 euros/m2), Castelo Branco (818 euros/m2), Bragança (819 euros/m2), Guarda (837 euros/m2), Beja (954 euros/m2), Santarém (1.008 euros/m2) e Vila Real (1.142 euros/m2), mostram os dados. Preço das casas sobe na maioria dos distritos e ilhas do país Dos 18 distritos e 8 ilhas analisados pelo idealista, as casas à venda ficaram mais caras na grande maioria dos territórios (23). As cinco maiores subidas dos preços das habitações para comprar tiveram lugar nos arquipélagos portugueses: a ilha Terceira (9,7%) ocupa o primeiro lugar, seguida pela ilha de São Jorge (7,2%), ilha do Faial (6,4%), ilha do Pico (5,6%), e a ilha de Porto Santo (5,2%). Contabilizam-se ainda 9 distritos/ilhas onde os preços das casas à venda subiram menos de 5% e mais de 2% entre outubro e novembro deste ano: Évora (4,5%), Viana do Castelo (4,2%), Bragança (3,7%), Coimbra (3,7%), Viseu (2,8%), Leira (2,8%), ilha de São Miguel (2,7%), Faro (2,1%) e Braga (2,1%). Com subidas dos preços das habitações inferiores a 2% encontra-se a ilha da Madeira (1,8%), Santarém (1,7%), ilha de Santa Maria (1,4%), Setúbal (1,4%), Vila Real (1,0%), Lisboa (0,8%), Castelo Branco (0,6%), Aveiro (0,6%) e Porto (0,3%). De notar ainda que os preços das casas mantiveram-se estáveis no distrito de Beja durante o mês de novembro. Por outro lado, as casas à venda ficara mais baratas na Guarda (-1,0%) e Portalegre (-0,5%) E onde é mais caro adquirir uma habitação? O ranking dos distritos mais caros para comprar casa continua a ser liderado por Lisboa (3.843 euros/m2), seguido por Faro (3.044 euros/m2) e Porto (2.390 euros/m2). Logo a seguir está a ilha da Madeira (2.353 euros/m2), Setúbal (2.303 euros/m2), ilha de Porto Santo (1.691 euros/m2), Aveiro (1.639 euros/m2), Leiria (1.436 euros/m2), Braga (1.435 euros/m2), ilha de São Miguel (1.415 euros/m2), Coimbra (1.315 euros/m2), ilha do Pico (1.304 euros/m2), Viana do Castelo (1.228 euros/m2), Évora (1.216 euros/m2), ilha de Santa Maria (1.172 euros/m2), ilha do Faial (1.164 euros/m2), ilha Terceira (1.102 euros/m2) e ilha de São Jorge (1.059 euros/m2). Os preços mais económicos para adquirir habitação em Portugal encontram-se em Portalegre (638 euros/m2), Guarda (657 euros/m2), Castelo Branco (725 euros/m2), Bragança (875 euros/m2), Beja (922 euros/m2), Vila Real (943 euros/m2), Viseu (964 euros/m2) e Santarém (997 euros/m2). Todos estes distritos apresentam valores medianos das casas à venda inferiores a 1.000 euros/m2. Comprar casa ficou mais caro em todas as regiões portuguesas Durante o mês de novembro, os preços das casas para comprar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas, encontra-se a Região Autónoma dos Açores (4,6%), o Alentejo (3,7%) e o Algarve (2,1%). Segue-se a Região Autónoma da Madeira (1,9%), o Centro (1,8%), o Norte (1,1%) e a Área Metropolitana de Lisboa (0,8%). A Área Metropolitana de Lisboa, com 3.476 euros/m2, continua a ser a região portuguesa onde é mais caro adquirir habitação, seguida pelo Algarve (3.044 euros/m2), a Região Autónoma da Madeira (2.339 euros/m2) e o Norte (2.025 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (1.296 euros/m2), o Centro (1.331 euros/m2) e o Alentejo (1.408 euros/m2) que são as regiões mais baratas para comprar casa. Pexels Índice de preços imobiliários do idealista Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado. Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado. Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado