Itália: Meloni vai liderar o governo mais à direita desde a II Guerra

Itália prepara-se para ter o governo mais à direita desde a Segunda Guerra Mundial e o primeiro de sempre liderado por uma mulher. Isto porque a coligação de direita e extrema-direita, liderada pelo partido Irmãos de Itália (FdI, na sigla em italiano), terá obtido entre 41% e 45% dos votos nas legislativas em Itália, segundo as sondagens à boca das urnas. A presidente do partido Irmãos de Itália (FdI), Giorgia Meloni, declarou já a vitória, reivindicando a liderança do próximo governo.

A abstenção terá sido histórica, com as previsões a apontarem para que pouco mais de 64% do total de eleitores tenha participou nesta votação – menos 10% que em 2018.

Segundo escreve o Público, Meloni, além de vencer destacada, vê os seus aliados de sempre, a Liga (extrema-direita), de Matteo Salvini, e o Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, obterem resultados abaixo do esperado, o que lhe dará força política para impor as suas posições. 

Apoiando-se em projeções realizadas a partir da sondagem Opinio para a Rai, televisão estatal italiana, o bloco de direita vai conseguir entre 41 e 45% dos votos, muito à frente do centro-esquerda, que terá somado entre 25,5 e 29,5%. O FdI, de Meloni, terá obtido 24,6%, seguido da Liga (8,5%) e do FI (8%).

Significa isto que esta aliança terá entre 227 e 257 lugares na Câmara dos Deputados, muito à frente do centro-esquerda, formado pelo Partido Democrático (PD) e por pequenos partidos à sua esquerda, que conseguirá uma bancada com 78 a 98 deputados. Já no Senado, a direita terá entre 111 e 131 lugares, o centro-esquerda 33 a 53, escreve a publicação.